
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, fez seu primeiro discurso para as Nações Unidas nesta terça-feira (16), afirmando que a democracia está sob grande pressão, e que é fundamental garantir a igualdade entre os gêneros.
“A democracia exige vigilância constante, melhorias constantes”, disse a vice-presidente Kamala Harris.
“O status da democracia também depende fundamentalmente do empoderamento das mulheres”, disse a vice-presidente. “Não somente porque a exclusão das mulheres na tomada de decisões é um traço de uma democracia falha, mas porque a participação delas fortalece a democracia.”
Ela, que foi a primeira mulher – e pessoa negra – a ocupar o cargo de vice-presidente dos EUA, disse que seu país vai agir de forma ativa para garantir maior presença feminina nas decisões democráticas.
“Mulheres fortalecem nossa democracia todos os dias”, disse a vice-presidente Kamala Harris.
Harris participou da 65ª Comissão sobre a Situação das Mulheres por meio de uma vídeo-conferência e garantiu que o governo Biden-Harris voltará a trabalhar com o ONU Mulheres – um organismo das Nações Unidas dedicado à igualdade de gênero e o empoderamento feminino.
No governo do ex-presidente Donald Trump, os EUA lideraram uma iniciativa na ONU contra a promoção da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.
Isso porque eles consideraram o termo “direitos sexuais e reprodutivos” como um sinônimo de aborto. O Brasil participou desta iniciativa ao lado do Egito, Hungria, Uganda e Indonésia.
Neste ano, o Brasil ficou de fora de uma declaração conjunta com mais de 50 países pelo Dia Internacional da Mulher na ONU por conta de “elementos ambíguos no texto proposto”. Segundo o Itamaraty, o governo brasileiro não apoia referências a termos como direitos sexuais e reprodutivos.
Fonte: G1