
A falta de medicamentos na rede pública de São Paulo prejudica o tratamento de pacientes que ficam sem a medicação.
O aposentado Josinaldo, de 50 anos, toma mais de dez medicamentos por dia. Ele costuma pegar as medicações na farmácia do Hospital das Clínicas e na UBS Nova Caminho, na Zona Sul. Mas há 6 meses, ele volta pra casa sem parte dos remédios.
“São 13 medicações que eu tomo por dia. Dessas 13, eu só consegui duas. E a quantidade que eles me deram só dá para seis dias. Dificilmente eles passam uma previsão e essa previsão é real. Eu não tenho condições de comprar”, afirmou. Ele também reclama da falta de insumos como fitas e agulhas para controlar a diabetes.
Rodrigo Dante, de 48 anos, trata sequelas da covid-19. Ele também sofre de pressão alta e diabetes. “A população fica 3 horas para passar em um médico, 3 horas para passar em uma farmácia e chega lá na hora não tem remédio nenhum”, lamenta.
A Secretaria Estadual da Saúde disse que Josinaldo buscou os medicamentos e eles não estavam em falta, mas foi entregue em uma quantidade menor, porque poderia ocorrer um desabastecimento. A pasta disse ainda que remarcou para dia 19 de janeiro para que ele busque o restante da medicação.
Já sobre a situação do Rodrigo, a Secretaria Municipal da Saúde disse, em nota, que a metmorfina está disponível em 98% das unidades de saúde do município e que repõe os estoques de remédios com frequência.
Os medicamentos ibuprofeno, ácido fólico, atorvastatina, foram comprados e serão entregues nos próximos dias.
Fonte: G1