
O presidente em exercício general Hamilton Mourão disse hoje (21) estar honrado por substituir Jair Bolsonaro na Presidência do país. Bolsonaro participa do Fórum Mundial Econômico, em Davos.
“Ao amanhecer deste dia, quero expressar a honra de estar no exercício da Presidência da República. Desejo uma excelente e proveitosa viagem ao Presidente @jairbolsonaro e comitiva a Davos. Por aqui, manteremos a posição”, escreveu Mourão na mensagem postada antes das 7h30.
Pela primeira vez, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, exercerá a Presidência da República. Ele ficará em exercício até a madrugada de sexta-feira (25), quando Bolsonaro retorna da sua primeira viagem internacional após a posse.
“Muitos dos indicadores para o Brasil estão realmente apontando para transmissão comunitária contínua, pressão contínua no sistema de saúde”, afirmou o diretor de emergências.
“O Brasil continua a ter entre 50 e 60 mil novos casos por dia. As UTIs ainda estão dando conta – e, de novo, é um crédito tremendo aos profissionais de saúde do Brasil; eles estão nisso há meses”, elogiou Ryan.
“A ocupação das UTIs em muitos lugares agora ultrapassa 80%, em alguns lugares, 90%. Qualquer pessoa que trabalhe em UTIs e em uma situação de doenças infecciosas reconhece a pressão e o estresse sobre essas pessoas e suas famílias. Sustentar isso por meses é uma tarefa quase impossível”, disse.
No sábado (8), o Brasil ultrapassou a marca dos 100 mil mortos pela Covid-19. É o segundo maior número do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. No fim de semana, o país também passou os 3 milhões de casos.
Segundo o diretor de emergências da OMS, a taxa de transmissão da doença – o chamado R0 – no país oscila entre 1,1 e 1,5. Isso significa que uma pessoa infectada contamina, em média, mais de uma outra. Para que a disseminação da doença fique sob controle, o R0 precisa estar abaixo de 1 (ou seja, é preciso que uma pessoa infectada não consiga contaminar nenhuma outra).
Ryan pontuou, mais uma vez, a dificuldade de manter as medidas de controle do vírus, como o uso de máscaras e o isolamento social, particularmente entre as pessoas mais pobres, por causa da falta de recursos.
“É muito difícil, porém, para muitas, muitas pessoas no Brasil – muitas vivem em lugares superlotados e pobres, onde sustentar esse tipo de atividade é difícil. O governo deveria estar apoiando essas comunidades – é muito difícil agir como uma comunidade se você não tem apoio”, lembrou.
“Você precisa empoderar as pessoas com atos, recursos, conhecimento. As comunidades não podem agir com as mãos atadas. Elas precisam receber os meios, os recursos, o conhecimento”, disse.
Fonte: G1