Petrobras recua horas após anunciar alta no preço do diese

Após anunciar reajuste do preço do diesel no início da tarde desta quinta-feira (11), a Petrobras recuou à noite. O aumento médio seria de 5,7% a partir desta sexta-feira (12).

Seria o primeiro reajuste após 20 dias sem alterações, apesar de alta nas cotações internacionais do produto durante o período.

Em nota, a estatal informou que, “em consonância com sua estratégia para os reajustes dos preços do diesel divulgada em 25 de março, revisitou sua posição de hedge [proteção] e avaliou ao longo do dia, com o fechamento do mercado, que há margem para espaçar mais alguns dias o reajuste no diesel”.

O recuo da empresa já na noite desta quinta gerou críticas no mercado.

 

Líder dos caminhoneiros, Wallace Landim, o Chorão, agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). 

Para ele, houve uma influência do próprio presidente para barrar o aumento do combustível.

“Agradecemos mais uma vez ao governo e ele mostra que está ao lado do povo”, afirmou à Folha, na noite desta quinta. A estatal nega que tenha havido influência do governo.

“O ministro Tarcísio [Gomes de Freitas, da Infraestrutura] já tinha nos passado que não iria ter aumento, que o governo iria segurar. Eu achei estranho quando vi a notícia à tarde”, disse Landim, liderança entre os caminhoneiros que ganhou destaque durante a paralisação de 2018.

A queda no preço do diesel é uma das maiores reivindicações da categoria. Uma das condições acordadas com o governo de Michel Temer para por fim às manifestações foi o subsídio ao combustível, que durou até janeiro deste ano.   

No fim de março, sob ameaça de nova paralisação dos caminhoneiros,o governo Jair Bolsonaro (PSL) pediu à estatal mudanças em sua política de preços para o diesel, que passou a respeitar prazos mínimos de 15 dias sem reajustes.

Na nota, a empresa disse que “reafirma a manutenção do alinhamento com o Preço de Paridade Internacional (PPI)”. A Petrobras afirmou também que não houve pedido do governo para que o preço fosse revisado.

Fonte: Folha de S.Paulo

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